O presidente da República, Jair Bolsonaro anunciou, nesta sexta-feira (14), durante um café da manhã com jornalistas, que demitirá o presidente dos Correios, general Juarez Aparecido de Paula Cunha. Como justificativa, Bolsonaro afirmou que Juarez Cunha “foi ao Congresso e agiu como sindicalista”.
De acordo com o Estadão, o presidente informou que convidou o general Santos Cruz, demitido ontem da Secretaria de Governo, ministério que cuida, dentre outras coisas, da verba de publicidade do governo, para ocupar a vaga, mas que ainda não tem o nome do substituto.
No último dia 5, segundo a reportagem do Estadão, o presidente dos Correios esteve no Congresso, ocasião em que fez críticas ao processo de privatização da empresa. Conforme o jornal Gazeta do Povo, Juarez Cunha emitiu a seguinte opinião: “Eu não queria falar de privatização, até porque não é problema meu, se privatizarem uma parte dos Correios, eu acredito que vai ser do lado bom, o que tirar daqui vai faltar lá. E quem vai pagar essa conta? Esse alguém será o Estado brasileiro ou o cidadão brasileiro que paga imposto. É um negócio complicado”. A fala do presidente dos Correios contraria, portanto, o Governo Federal, já que foi o presidente Jair Bolsonaro que determinou a venda do órgão.
O general Juarez Aparecido Cunha assumiu a presidência da estatal no governo do ex-presidente Michel Temer, ocasião em que a empresa integrava o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, comandado pelo ex-ministro Gilberto Kassab.
Segundo o Estadão, após resultados negativos bilionários, em 2015 e 2016, os Correios registraram lucro de R$ 667 milhões, em 2017. O número de 2018 ainda não foi divulgado, mas há indícios de que será positivo.