A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) convida a comunidade feirense a prestigiar a mostra internacional Prisma, no Museu Regional de Arte (MRA), localizado no Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca). O vernissage da exposição será realizado nesta quinta-feira (16), às 19h30, com exposição de fotografias do Grupo Quanta, composto pelos artistas visuais Juraci Dórea, Edson Machado, Maristela Ribeiro e George Lima, e da convidada Karen Ostrom, canadense radicada nos EUA. O evento também contará com a apresentação musical do duo de violão Lázaro Amaral e Hamilton Gonçalves.
A Exposição de Artes Visuais Prisma – Projeto de Intercâmbio Artístico e Cultural Brasil, EUA e Canadá ficará em cartaz até o dia 31 de julho. Conforme Maristela Ribeiro, curadora da mostra, “a ênfase está na produção contemporânea, com plataforma que abrange compartilhamentos poéticos, de debates e também de reflexões sobre a arte, a vida, a cidade, o contexto social e o cotidiano”.
Edson Machado exibe Vernissages, mostra que reúne imagens capturadas através da técnica fotográfica de sequência. O artista flagra momentos e situações reveladoras da íntima relação da obra de arte com o crítico, curador, artista e público. George Lima apresenta o ensaio fotográfico Figuras, composto por 12 imagens criadas a partir de marcas da infância, com proposta de reflexão sobre temas aparentemente contraditórios: a estabilidade e o desequilíbrio, a fragilidade e a solidez, a resiliência e a vulnerabilidade.
Juraci Dórea expõe oito trabalhos da série Arte para ninguém e quatro desenhos sobre cerâmica. São obras recentes, em que o artista coloca em discussão nuances da arte contemporânea, como o significado da contemplação, a obsessão pelo espetáculo e a ruptura da aura do objeto. Os trabalhos situam-se nos limites da arte efêmera, do site specific e da landart, mas têm como ponto central a figura do espectador ausente.
Maristela Ribeiro apresenta fotografias aéreas – plongées –, da série Calle de Libreros, realizada na rua de mesmo nome, durante estância doutoral em Valência, na Espanha. A artista expõe a ilusão da referência realista, por meio de uma outra percepção do espaço, marcada pela distância exagerada entre a objetiva e seu referente. A mudança do ponto de vista busca desafiar a perspectiva clássica.
A artista canadense radicada nos EUA, Karen Ostrom, apresenta fotografias, instalações ciclorâmicas, vídeos e trilhas sonoras. Os trabalhos integram um projeto em desenvolvimento, no qual a artista cria uma atmosfera combinada a um jogo visual complexo, que exige uma apreciação cuidadosa por parte do espectador.
Karen Ostrom, há mais de 20 anos, reencena episódios do cotidiano como recurso para dar prosseguimento a uma vila de pescadores fictícia, inspirada na história da sua família e na migração dos escandinavos para a costa noroeste do Canadá. As obras vislumbram um conjunto que propõe um contraponto entre o histórico e o contemporâneo, seja caminhando por entre uma versão do Três de Maio de 1808, de Goya, ou noutra, em um cenário mortal dos anos de 1920.