Uma série de explosões em hotéis de luxo e igrejas católicas durante a celebração da Páscoa no Sri Lanka deixou 207 mortos e mais de 450 feridos neste domingo (21), segundo o último balanço das autoridades policiais. Fontes oficiais disseram que havia ao menos 27 estrangeiros entre os mortos.
Nenhum grupo reivindicou autoria das ações até o momento. Sete pessoas foram presas durante uma operação de captura dos suspeitos em Colombo. Dois policiais morreram na ação.
No hotel de luxo Cinnamon Grand, em Colombo, um homem-bomba detonou o explosivo na fila de clientes que esperava para entrar em um bufê de Páscoa no restaurante do local.
"Ele se dirigiu para o início da fila e se explodiu", relatou um funcionário para a AFP. "Era o caos total", acrescentou.
O primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, convocou uma reunião do conselho de segurança nacional em sua casa para o final do dia. "Eu condeno veementemente os ataques covardes contra nosso povo hoje. Eu chamo todos para permanecerem unidos e fortes", postou no Twitter.
O presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, pediu calma ao país. "Por favor, fiquem calmos e não sejam enganados por rumores", declarou Sirisena, em mensagem à nação.
Sirisena, que se mostrou "em choque e triste com o que ocorreu", esclareceu que "as investigações estão em curso para descobrir que tipo de conspiração está por trás destes atos cruéis".
O governo impôs um toque de recolher no país. O governo também decretou um bloqueio temporário das redes sociais para impedir a difusão de mensagens falsas sobre os atentados.
"O governo decidiu bloquear todas as plataformas de redes sociais com o objetivo de impedir a propagação de informações incorretas e falsas. Trata-se de uma medida temporária", anunciou a presidência, em um comunicado.
As igrejas cristãs na Terra Santa expressaram seu pesar após os atentados. "Que difíceis, irritantes e tristes são estas notícias, especialmente porque os ataques aconteceram enquanto os cristãos comemoravam a Páscoa", lamentou o assessor de líderes da Igreja na Terra Santa, Wadie Abunassar.
Ele transmitiu sua solidariedade ao Sri Lanka e "a todos seus habitantes em suas várias confissões religiosas e origens étnicas". "As igrejas rezam pelas almas das vítimas e pedem a rápida recuperação dos feridos", acrescentou, em comunicado.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou em sua rede social: "Os EUA prestam suas sinceras condolências ao grande povo do Sri Lanka. Estamos prontos a ajudar!". Inicialmente, Trump havia postado que o número de mortos era de 138 milhões, mas corrigiu o número para 138 em um novo post.
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou em uma rede social que, mesmo em dia sagrado, o "extremismo deixa rastros de morte e dor". Ele condenou os ataques e pediu conforto aos que sofrem: