Bolsonaro foi intensamente criticado pela mídia por ter compartilhado um vídeo pornográfico em suas redes sociais. Agora, em um duplo carpado, a mídia já apresenta os autores do crime, da "golden shower", como artistas fazendo uma performance. Ora, me bata um abacate:ou Bolsonaro compartilhou pornografia, e justifica-se a reprovação; ou arte, e não pode ser criticado.
Não dá para servir a dois senhores sem desonestidade intelectual. Não se pode condenar o presidente - e até impeachment chegaram a sugerir- , e elogiar os depravados do vídeo, que cometeram um atentado violento ao pudor.
A mídia não pode ser cínica, escancarar de forma tão evidente sua escatologia comportamental, e desrespeito ao leitor, tentando transformar a notícia em um instrumento de serviço aos seus interesses. Entre o desejo de bater no Presidente, mas ao mesmo tempo ter que criticar uma pauta que costuma defender, ela escancarou sua dicotomia.
Eu, ao contrário, continuo condenando o ato, os obscenos, e o presidente