A incompetência administrativa do diretor do Museu Nacional e da Reitoria da UFRJ tem um atestado indiscutível: as cinzas da memória nacional e perdas irreparáveis. O deficit de verbas que a Reitoria tenta jogar para o governo federal terceirizando sua culpa, como de hábito, é desmentido pelos dados já publicados e que mostram crescimento do repasse a Universidade, que era quem determinava o valor do que era transferido ao Museu. Foi uma escolha de agenda e a Reitoria- cujo Reitor já foi investigado pelo MP, por usar a Universidade para fazer política- não escolheu como prioridade zelar com o devido desvelo do patrimônio ali existente. Tivessem um mínimo de vergonha administrativa- pouco habitual em militantes do PSOL- já teriam renunciado.
O que fica claro, vísivel sob o fogo, é o currículo Lattes de incendiários que ambos passam a ostentar, deixando evidente que a UFRJ não tinha governabilidade e expertise para gerir um Museu desse porte.
No momento em que Temer articula apoio de instituições privadas para obter verbas para sua recuperação os doadores pedem o lógico: que o Museu seja retirado da administração da UFRJ. O ideal é que fosse gerido por uma entidade com autonomia, como uma OS.
Foi um erro permitir que o Museu continuasse preso ao reino burocratico e aparelhado da Universidade, mas insistir no erro é burrice.