ACM Neto se propôs a ser o líder da oposição, herdeiro do império e marca do carlismo na Bahia. E começou bem, emplacando a recuperação da Capital, ao se tornar prefeito, e fazer obras que deram um novo visual a cidade turística de Salvador. Isso o credenciou a sonhar com o cargo de governador, uma expectativa natural, e ansiada pela parcela da população e políticos que são contra o PT. Aí veio o 7x1, ao desistir na undécima hora, da candidatura a governador que vinha sendo trabalhada e jogar o pepino no colo do bem avaliado prefeito de Feira, José Ronaldo, que, logo de saída, teve o trabalho de construir a chapa, até agora, aliás, não finalizada.
Essa semana, em um cometário, o deputado Carlos Geilson, apontou que Ângelo Coronel só será candidato a Senador na chapa de Rui Costa porque é presidente da Assembléia, e só é presidente da Assembléia porque teve o apoio e votos de ACM Neto. Recentemente, também, notícias circularam que Neto enxergava o DEM próximo ao desastre Ciro Gomes, que apresenta uma agenda tão caótica quanto grosseira, e longe da renovação que ele próprio parecia simbolizar na política.
Agora, uma notícia diz que ACM Neto começou a ajudar José Ronaldo, em Salvador. A ação só veio depois de muitas críticas que disseram que ele estava fazendo corpo mole e não estava suando a camisinha bem passada pelo seu candidato. Ao que parece, ele esteve visitando umas lideranças comunitárias lá por Cajazeiras. A verdade, é que começa tarde, que deveria estar fazendo o triplo, pelo buraco negro em que jogou a oposição, e agindo pró-ativamente e não após cobrança.
Ao que parece, não tem sido felizes os passos do prefeito, em sua liderança. É tolice Neto imaginar que sairá ileso, se Ronaldo perder, porque terá sido Ronaldo que perdeu. Ao contrário. Se ganhar, terá sido Ronaldo que ganhou; se perder, Ronaldo terá sido corajoso e solidário ao se oferecer para o sacrifício e a assinatura autoral da derrota terá sido do prefeito da capital.