O ex-gerente da Transpetro, José Antônio de Jesus, preso na Lava Jato desde novembro de 2017, revelou que arrecadava e distribuía propina para políticos baianos; alguns com foro privilegiado. Os recursos eram obtidos em negócios firmados por empresas com a Transpetro.
José Antônio, no entanto, não citou os nomes dos políticos que receberam o dinheiro. A estratégia de manter sigilo teria sido adotada por orientação da sua defesa jurídica, em tentativa de no futuro haver um acordo de delação premiada.
De acordo com o Ministério Público Federal, o ex-gerente recebeu R$ 2,3 milhões em propina.
No seu depoimento ao juiz federal Sérgio Moro no último dia 20 de abril, José Antônio afirmou que repassava a agentes políticos cerca de 1,2% dos valores dos contratos firmados com a subsidiária da Petrobras entre 2009 e 2014.