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Saúde

Defensoria Pública cearense faz vistoria em hospitais

13 de Maio de 2015 | 16h 47
Defensoria Pública cearense faz vistoria em hospitais
Os médicos passaram a divulgar quantas pessoas são atendidas diariamente nos corredores

Denúncias sobre superlotação, precariedade no atendimento de emergência e falta de material para realizar procedimentos médicos e cirúrgicos motivou a Defensoria Pública do Estado do Ceará a iniciar uma série de visitas aos hospitais públicos do estado, com o objetivo de averiguar a situação dos pacientes e dos profissionais de saúde.

A primeira visita foi feita hoje (13) no Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Gerido pelo governo do Estado, o HGF é uma das unidades que recebe casos de maior complexidade, atendendo tanto pacientes do Ceará como de estados vizinhos.

De acordo com o supervisor do Núcleo de Direitos Humanos e Ações Coletivas da Defensoria, Aluízio Jácome, a superlotação da emergência era visível durante a visita. Havia 35 pessoas recebendo atendimento nos corredores da unidade.

A vendedora Marta Maria Santos da Silva, 52 anos, acompanhava o filho de 26 anos na emergência do HGF e viu de perto as dificuldades no atendimento. Ele veio transferido na manhã de hoje da Santa Casa de Sobral, onde esteve internado por 7 dias, e aguardava um leito para nova internação. “A gente ainda ficou na expectativa se ele seria atendido ou não. Eu sentei, orei e, graças a Deus, eles resolveram atendê-lo”, conta.

Em nota, a diretoria do HGF explica que, devido a grande demanda de pacientes na emergência, realiza “triagens de prioridades a partir de critérios de gravidade”. Por mês, somente a emergência recebe cerca de 1,8 mil pacientes.

De acordo com Jácome, os profissionais da saúde relataram a falta de material para a realização de alguns procedimentos. Na semana passada, a diretoria do HGF havia decidido suspender as cirurgias eletivas por conta da ausência desses insumos, mas os profissionais da unidade disseram para os defensores públicos que foram feitas cirurgias desse tipo nos últimos dois dias.

“A gente não pode dizer que o problema está resolvido porque, dois dias antes, cirurgias foram adiadas por conta da ausência de material. Essa situação requer vigilância de instituições como a Defensoria Pública e atitudes para que a situação seja resolvida em breve e de forma definitiva”, afirma o supervisor.

O governador Camilo Santana se reúne nesta tarde com o secretário interino da Saúde, Henrique Javi, e com os diretores de hospitais para discutir o problema. Até o fim da semana, o governador pretende se reunir com a presidenta Dilma Rousseff para falar sobre a situação das unidades de saúde do Ceará. A informação é do deputado federal José Guimarães (PT-CE), em Brasília.

Amanhã (14), os defensores públicos vão visitar o Instituto Dr. José Frota (IJF), considerado o maior hospital de urgência e emergência do Ceará. A unidade é administrada pela prefeitura de Fortaleza e recebe pacientes de todo o estado.

Esta semana, foram divulgadas nas redes sociais fotos de pacientes sendo atendidos no chão da emergência. O prefeito Roberto Cláudio esteve ontem (12) no hospital e, em sua página no Facebook, afirmou que foram adquiridas 48 macas para reserva técnica e que haverá macas 24 horas disponíveis no pátio da emergência. 



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