O Fluminense de Feira mais uma vez ficou no meio do caminho, em seu projeto de chegar a Série C do Campeonato Brasileiro. Parou na Juazeirense, do deputado estadual Roberto Carlos, após empate em 3x3 no Joia da Princesa e 0x0 no estádio Adauto Moraes. Pelos gols marcados em Feira, o time de Juazeiro obteve a vaga e agora está a um passo deste que é o grande sonho de consumo das equipes baianas, exceção é claro da dupla Ba-Vi, cuja meta de sempre é não ser rebaixada para a Série B.
Alguns cronistas que acompanham mais de perto o Fluminense de Feira me dizem que a Juazeirense não é superior ao Touro do Sertão, tecnicamente. As equipes se equivalem, segundo esses analistas esportivos. A diferença entre os times estaria, na opinião deles, no fato de que a gestão do Flu não estaria no mesmo nível.
O salário dos jogadores da Juazeirense, por exemplo, sai rigorosamente no último dia do mês. O elenco conta com mais apoio dos dirigentes, que lhes prestigiam - e monitoram - com regularidade. Um jogador do Flu revela que em toda esta Série D o dirigente máximo do clube, Zé Chico, teria comparecido três ou quatro vezes a um treinamento.
O time de Juazeiro, portanto, estaria mais envolvido com o projeto de chegar a Série C, o que dificilmente ocorrerá, uma vez tem pela frente nada menos que o América de Natal, um adversário bem mais tradicional e até campeão do Nordeste em uma oportunidade, além de já haver frequentado a Série B por várias temporadas.
As dificuldades financeiras no Fluminense - atraso de salário, inclusive - são conhecidas de todos. E, evidentemente, que atrapalham, bastante, qualquer proposta de elevar o clube a um patamar maior que o da distante Série D. É preciso, antes de mais nada, regularidade e equilíbrio econômico. Quanto aos dirigentes, sabemos que se sacrificam. Mas é preciso ainda mais.