O Centro Pan-Americano de Judô, localizado na Praia de Ipitanga, no município de Lauro de Freitas, reúne até este domingo (19), 400 judocas dos estados da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, no Campeonato Brasileiro de Judô- Região 3, valendo vaga para a etapa nacional. Com cerca de 100 mil praticantes no estado - sendo 24 mil cadastrados junto à Federação Baiana de Judô (Febaju) -, a milenar modalidade criada pelos japoneses deverá ser, até 2020, o segundo esporte mais praticado na Bahia, como afirmou o presidente da entidade, Marcelo Ornelas, durante cerimônia de abertura do evento, no sábado (18).
Cada estado está representado por 100 judocas, das classes sub-13, sub-15, sub-18, sub-21 e sênior, todas nas modalidades masculino e feminino. A competição vai classificar 80 atletas para a etapa nacional, que terá duas fases na Bahia. Presente à solenidade de abertura, o secretário do Trabalho e Esporte da Bahia, Álvaro Gomes, foi presenteado com um quimono e medalha pelo vice-presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Marcelo França.
O secretário destacou o crescimento da modalidade na Bahia, a excelência do CPJ e a esperança do Governo do Estado de uma boa participação dos judocas brasileiros nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Ele reiterou o propósito da Secretaria do Trabalho (Setre) de promover inclusão social e desenvolvimento humano, por meio do esporte, prometando incentivar a prática do judô em todos os territórios de identidade baianos. Para Marcelo Ornelas, o CPJ vai permitir que, em cinco anos, o judô seja o esporte mais praticado na Bahia, atrás apenas do futebol. A Febaju tem hoje 24 mil filiados - entre atletas e professores -, 70 clubes espalhados em 26 municípios.
Judô na Bahia e no Brasil
Mais de cinco mil atletas no estado disputam as competições com alguma regularidade. No país, há em torno de um milhão de judocas em atividade. A Bahia encontra-se hoje entre os cinco melhores estados brasileiros em nível técnico. “Somos referência em eventos no país e poderemos chegar na ponta na formação de judocas”, disse Ornelas.
Para o vice-presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Marcelo França, a descentralização das etapas regionais dos grandes centros tem possibilitado um maior desenvolvimento técnico dos atletas, assim como o surgimento de novos valores do esporte que mais medalhou o Brasil em Jogos Olímpicos: 19 no total.
Vários atletas baianos têm chance de medalha no Campeonato Brasileiro de Judô/ Região 3, entre eles, Marcel Moreira (peso-médio), Luiz Henrique (sub-21), Victor Guimarães (sub-23); no feminino despontam Vitória Mayara (meio-leve), Jaqueline Nascimento (peso-ligeiro) e Gabrielle Santos (peso-leve).