A crise no curso de Medicina da UNEB é apenas o retrato da política inconseqüente do MEC, apoiada pelo estado, diga-se de passagem, de abrir escolas sem preparação, sem planejamento, sem campo de estágio e sem previsão de contratação de professores. Como este caos se dá em uma Universidade do Estado imagine o que não irá acontecer em cidades menores, sem corpo técnico, sem infra-estrutura.
Aliás, até em cidades maiores. Ou alguém será capaz de explicar a política educacional que levou Conquista a ter três cursos de Medicina, a não ser pelo fato de ser administrada pelo partido governista?
A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) não cansa de nos surpreender negativamente. Na surdina, em tempos de crise, e com o orçamento sempre estourado, ela aprovou pela segunda vez, o projeto que cria três cargos, uma diretoria e concede gratificação a servidores. Há cargos com valor de R$7.000,00. A irresponsabilidade, a indiferença do parlamento brasileiro com o cidadão chega a ser acintosa. Eles são imperdoáveis, eleitor.
O Brasil produz coisas assombrosas, mas entre as coisas assombrosas, assombra que o Presidente do Senado exerça a condição com cinco processos – engavetados, diga-se de passagem - no Supremo Tribunal Federal e Eduardo Cunha consiga se manter na Presidência da Câmara e não na cadeia, com seus três processos. Enquanto isso os brasileiros dão 100 milhões de votos em uma eliminação do BBB. Merecemos.
O deputado Carlos Geilson ganhou prêmio por ser o deputado mais assíduo da Assembléia. Está de parabéns por cumprir seu dever nesta terra política em que cumprir o dever merece prêmio.
As empresas de ônibus recém-instaladas emitiram uma nota preocupante. Com menos de 3 meses dos carros novos colocados nas ruas as empresas já reclamam publicamente - não mais reservadamente - sinalizando que o problema de transporte público, na cidade, é mais grave do que só uma troca de frota, como bem disse o economista André Pomponet, articulista desta Tribuna, há duas semanas.
Com a crise e a escassez de verbas a situação tende a ser desgastante e haver crescimento dos transportes alternativos como meio de sobrevivência. O prefeito achou a nota “deselegante” o que sinaliza desgaste em um período surpreendentemente curto, quando ainda deveria estar havendo uma lua de mel. A população espera que seja encontrada uma solução.