Exposto de forma incontestável por extratos de contas na Suíça com dinheiro de corrupção o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, permanece no poder apenas porque vivemos tempos de leniência moral. Em nenhuma democracia séria do mundo ele teria sustentação para manter-se no cargo e -imaginem- liderando o poder legislativo como terceiro na linha de sucessão presidencial. O que muitos temem é a vingança quando a Justiça impuser sua queda, inevitável.
É impressionante a falta de transparência com que o poder público lida com o cidadão. A lenda da Azul no Aeroporto de Feira é exemplo típico. Inaugurado às vésperas da eleição, em Setembro, com vôo lotado para São Paulo, apesar de todo desconforto do embarque/desembarque - uma espécie de forno aéreo- do avião empurrado com trator e falta de iluminação noturna, ainda assim era uma mão na roda pra todos da região que precisavam ir a Conquista ou São Paulo. A partir da eleição o Aeroporto começou a minguar. Primeiro com mudança de rota e, por fim, com a redução para um vôo semanal (talvez por vergonha da retirada total), chocantemente na mesma semana em que a propaganda do governo alardeava novos destinos. No intervalo, houve a desculpa da falta de iluminação e da cabeceira da pista que não permitia fazer curva, fatos que foram corrigidos pelo governo do estado, mas que não deteve os cancelamentos.
Bem, o cidadão feirense exige os seguintes esclarecimentos:
1- Quais são os defeitos do Aeroporto que ainda limitam a Azul? Déficit do abastecimento de energia? Condições inadequadas do embarque/desembarque? Segunda cabeceira da pista? Insegurança para o pouso? Nível técnico dos operadores de vôo? Necessidade de equipamento para pouso guiado por instrumentos (IFR) ao invés de apenas visual? Em debate no facebook, o engenheiro Danilo Ferreira diz que o problema é a faixa de pista (inclui a pista e áreas de parada) inadequada. Segundo ele, são necessários 150 m do eixo da pista o que exigiria desapropriação, derrubar muro e impor novo limite, e retirar a fabrica de aviões que estaria neste perímetro. E, ou, o IFR, para pousar com mais precisão.
2- Azul diz que é inviável economicamente. Então, qual número de vôos, passageiros/ano que será necessário para que se torne viável, além dos 23000 embarques/desembarques deste 1 ano?
3- O desconto que o governo do estado oferece no querosene (e outros, se houver) representa que percentual de impacto na redução do número de passageiro/ano necessário para o equilíbrio financeiro das operações?
4- Porque o Estado ou governo federal não começam a considerar o Aeroporto de Feira como um centro logístico de distribuição de cargas, aliviando o trânsito na BR 324 e Salvador?
5- Existe algum interesse da Infraero, agências e outros do Aeroporto de Salvador que Feira não se torne uma opção viável? Porque Conquista, com metade da população, pode ter 8 vôos sendo 1 internacional? É porque não impacta SSA?
Nós, feirenses, as empresas, exigimos que o Estado seja claro e transparente e que a Azul Linhas Aéreas Brasileiras deixe de fazer este
58.559 mortos em 2014. Concentramos 2,8% da população do mundo e 11% dos homicídios.
O governo Dilma não teme o achincalhe e a vergonha, ou como diz seu pragmático e lobista líder Lula ”é melhor perder Ministérios que perder a Presidência”. O tom de barganha meramente motivado pela tentativa de barrar o impeachment submete o país a uma negociação vergonhosa e desastrosa pela desqualificação dos indicados
É desrespeitoso com a nação, com o futuro, com a decência, com a competência administrativa, que Dilma tenha demitido o Ministro da Educação, ainda que fosse um invisível, apenas para acomodar seu amigo Mercadante. Nenhum país, nenhum, que troca Ministro da Educação como o Brasil chega a lugar nenhum. Não é a toa que em todas as avaliações internacionais nós aparecemos nas piores colocações. Educação é um projeto de longo prazo, definido, e que não tem condições de avançar se não tem continuidade. Após seis meses de Janine no poder, muda-se o Ministro. Troca-se o que, ao menos, tinha a expertise intelectual por um com expertise em aloprados. Estamos no mais baixo degrau administrativo a que a política pode nos levar.